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Posted by Sonia Lindblom in Uncategorized on 12/11/2012
Stiod Sharing: Talking Dictionary for Endangered Languages
Posted by Sonia Lindblom in Uncategorized on 22/05/2012
Hello world!
Posted by Sonia Lindblom in Uncategorized on 27/07/2011
A curiosidade é geralmente definida como uma emoção, relacionada à vontade inquisidora de saber, de entender. É a grande, se não única, responsável pelo conhecimento. Para os latinos, o curioso era aquele que se importava com o outro, com o seu entorno. O que acontece na ausência da curiosidade?
A curiosidade, assim como outras emoções, podem ser tanto percebidas por aqueles que estão no entorno – é assim com a apatia, o medo, o amor – quanto pode ser disfarçada e até mesmo reprimida. É possível observar a curiosidade através do orgão do nosso corpo por onde ela se alimenta mais, os olhos: Um olhar atento – assim como um ouvido atento – só existe na face daqueles que se importam – dos curiosos. A ausência de curiosidade provoca apatia, ignorância. É possível notar a falta de curiosidade no olhar passivo, imóvel, desinteressado.
Na ausência de um olhar vivaz, ativo, inquisidor, curioso, reina o mistério. Por trás de um olhar imóvel, a existência não faz sentido, mas também não precisa fazer. Toda sapiência, todo o conhecimento gerado pela humanidade até os dias atuais são meras “curiosidades” – fatos inúteis, dados infrutíferos, corpos amorfos.
Os olhos podem captar inúmeras informações visuais, mas nada é percebido automaticamente. Em um conto de Eduardo Galeano, um menino que vê o mar pela primeira vez, diante de “tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o
menino ficou mudo de beleza. E quando, finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: – me ajuda a olhar!”
Olhar, ver, perceber, interpretar. Podemos olhar o mar e ver diferentes coisas, apesar de os olhos receberem todos os estímulos dispíveis. O que alguém vê, quando está olhando depende apenas do quanto importa a essa pessoa.